quinta-feira, abril 16, 2020

Vivemos um pesadelo. Mas, não podemos deixar de sonhar!


Vivemos um pesadelo. Mas, não podemos deixar de sonhar!

Nestes tempos que, de certo ninguém dirá que “são os nossos”, não será errada a afirmação de que a maior parte de nós, ainda não conseguiu aprender a viver no silêncio, pois há quem diga que a nossa  vida é puro ruído entre dois silêncios abismais. O silêncio antes de nascer e, o silêncio após a morte. Será talvez por isso, que todos somos, com maior ou menor intensidade, viciados em ruído e, apesar deste isolamento, que apesar de tudo a quase totalidade aceitou voluntariamente, nos tentar vedar todas as fontes de ruído, continuamos a procurá-lo. Na realidade precisamos de nos sentir vivos e a prova disso é que continuamos a fazer mil e uma coisa, nomeadamente a receber informações em catadupa, incluindo este escrito que espero que tenha algum interesse. De qualquer modo retemos esta frase de Alexandre Dumas
“Para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio.”
Há dias atrás, estes tempos conduzem-nos a isso, li uma frase de Spinoza (filosofo do seculo VII e filho de judeus portugueses),  que me levou a procurar mais sobre este filosofo: “Percebi que todas as coisas que temia e receava só continham algo de bom ou de mau na medida em que o ânimo se deixava afectar por elas.”
E, foi assim que na minha procura de saber mais alguma coisa sobre  este filosofo, encontrei algo interessante dos seus pensamentos sobre Deus, sendo que para Spinoza, Deus  é o único motivo da existência de todas as coisas. Eu te fiz absolutamente livre. Não há prémios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registo. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste… Do que mais gostaste? O que aprendeste?”
 Para mim ficou claro,  que um dos propósitos de sua filosofia foi o de  esclarecer a identidade existente entre nossa mente e o conjunto de todas as coisas da natureza, que resume numa sua frase:” Não há esperança sem medo, nem medo sem esperança.”
Talvez por assim ser, vivemos nestes tempos em que o mais que precisamos é de nos ajudar a adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento, em tempos que são complexos, difíceis e imprevisíveis, para além da preocupação inicial com o vírus — que ainda por cima dizem-nos que é inteligente -  junta-se  também algum medo provocado pelas palavras, que sem qualquer despudor desprovidos de ética e responsabilidade  e que em doses regulares, como nos antibióticos, nos são ministradas, por alguns “politiqueiros” através dos media e das redes sociais, que deviam evitar, nos tempos mais próximos de fazer declarações de tais “politiquices” , as quais, não resolvendo nenhum dos problemas, agravam o estado de ansiedade e de insegurança de boa parte dos cidadãos. Como disse Mahatma Gandhi : “Há o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas, não há o suficiente para a cobiça humana.”  

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