“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.”(Sêneca)
“Carpe Diem. Aproveite o dia, viva o agora,
esqueça o que passou e o que irá passar. A vida é agora!”
Estes tempos que não são os nossos fazem-nos mais
fortes. O que é realmente importante encontra uma forma de se manifestar, mesmo
no meio do barulho e da confusão, assim a tenhamos a paz interior necessária
para vermos o que se passa em nosso redor, porque “a nossa história
demonstra que gostamos de reagir em vez de prevenir”.
A vida hoje já é suficientemente trágica, para
não precisar que esta tragédia se tenha tornado um espectáculo televisivo, de
completo desrespeito pela condição humana, e pelos profissionais de saúde que
sobre enorme pressão e de recursos limitados, que travam uma batalha, sem saber
contra quem e que diariamente tentam salvar vidas. É chocante e vergonhoso, (
quer moral quer eticamente) para aqueles que se dizem ter a “profissão de
jornalistas”, mas muito mais para aqueles que se “dizem profissionais na área
da saúde”, que “se esquecem” que essa profissão tem o fascínio de poder ajudar
os outros, e estar na linha da frente no combate a esta pandemia, em lugar de
cair na realidade e não deformar a verdadeira dimensão das coisas e de entender
que a vida é bem mais do que sobreviver. Sou levado a qualificar esta gente que
se comporta como “abutres”, que vive do ódio para o ódio, “apenas e só para
tentar ter alguma notoriedade”. Parem de “dizer só mal”! Porque não apresentam
qual era a alternativa?
Quando não se respeitam a si próprias, como podemos esperar que respeitem
os outros ?
Na verdade temos que ter a percepção que esta
situação, que nos é imposta na salvaguarda da nossa saúde, alterou por completo
as nossas rotinas diárias. E a incerteza que existe relativamente ao tempo que
levará até que a normalidade seja reposta ou o medo de contrair a infecção tem
efeitos , quer o admitamos quer não, no nosso equilíbrio emocional a nível
psicológico, e por isso é admissível que
“apesar de muitos de nós estarmos habituados a estar sozinhos”, podemos não
lidar muito bem com este isolamento, denotando alguns sinais de stress por não
poder sair de casa e manter o nosso modo de viver, sendo defensável que
para atenuar o medo, o stress, a
tristeza ou a ansiedade, devemos recorrer aos meios e recursos ao nosso dispor,
para contactar (conversar com os nossos familiares, e os amigos e amigas) e
assim repor esse equilíbrio, em dias de maior
instabilidade emocional.
Como já alguém escreveu “existe o medo de não
voltar a ver a família, o medo de perder os rendimentos das reformas e pensões
e, para alguns até o receio de sair à rua”.
Estas preocupações aumentam, acrescentam, pela “incerteza de não se
saber quando isto vai acabar e a incerteza do que aí vem e o medo de ser
esquecido”.
Esta é uma realidade: Mesmo depois de tudo
"voltar à normalidade" nada mais será como antes. As circunstâncias
tornaram-se mais duras e nós temos de endurecer também. Isso significa: sermos
mais criativos, mais resistentes, resilientes e positivos. Mas temos também de
ser mais práticos, agirmos mais e melhor, sermos espertos e inteligentes.
Mas, com toda a simplicidade, teremos de aproveitar mais da
vida e dos nossos., porque afinal tudo é
efémero. A vida está cheia de desafios que, se aproveitados
de forma criativa, transformam-se em oportunidades. Temos de reconhecer que estamos
numa situação que, apesar de tudo, protege a saúde mental das pessoas, ao “permitir
que elas possam sair para deslocações indispensáveis à sua sobrevivência, e” também
atenua os factores de risco termos a certeza de que esta situação há-de
terminar, apesar de não sabermos quando: “É um factor que nos traz alguma
esperança. Um regresso à normalidade há-de acontecer nas próximas semanas ou
meses. Isto tem que ser salientado como um factor bom.”” Aproveita todas as oportunidades da tua vida,
pois, quando elas passam, demoram muito tempo para voltar.”(Paulo
Coelho).
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