sexta-feira, maio 03, 2019

"Quem realiza um sonho, constrói uma parcela de sua própria eternidade." (Jorge Luis Borges)


"Quem realiza um sonho, constrói uma parcela de sua própria eternidade." (Jorge Luis Borges)  

Diz o povo que “nós somos o que sentimos, o que vivemos e o que pensamos” ou de outro modo “somos em grande parte aquilo que pensamos ser”. A pessoa que acredita piamente em si mesma e mantém uma atitude mental forte de confiança e determinação, não será afectada por pensamentos adversos e negativos de desânimo e fracasso que emanam das mentes de outras pessoas nas quais essas características predominam. Nas palavras de Sigmund Freud, “Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos 'sem querer'”.
Talvez por isso, somos muito mais do que acreditamos e podemos muito mais do que pensamos... mas também sentimos que mudamos com alguma frequência. A cada dia que passa mudamos os nossos pensamentos, os sentimentos, até os hábitos, os ideais, aprendemos, adquirimos conhecimentos e experiências, em cada dia temos sempre algo para adicionar ou até mudar o nosso  perfil...isto é vamos adquirindo os vários níveis de aprendizagem, que tem um carácter pessoal, ou seja o saber saber, o saber fazer e saber ser /saber estar, tudo porque simplesmente por que somos humanos... e como humanos mudamos!
Às vezes sentimos a falta de um estímulo, uma palavra de apoio, e temos a percepção que não conseguimos “enxergar ninguém ao nosso lado” que  nos possa encorajar ou ajudar... e por carecer disso, acabamos acomodados e desistimos de procurar, de buscar mais atitudes para garantir a nossa saúde física e mental.
A vida quer queiramos quer não passa... os dias não são sempre os mesmos... e os nossos sonhos? Ah esses ficam guardados... Tão bem escondidos que nem os lembramos mais, mas há os que sempre ficam e perduram….! E o que deixaremos? Que história será contada sobre nós? Seremos mais um exemplo daqueles que se frustram na primeira tentativa e desistem porque têm medo de tentar mais. Mais um... apenas mais um... sem grandes feitos ou histórias para contar..e o fim…..será esse o fim que merecemos? Como disse James Allen no seu livro “ O homem que sabe pensar “ “somos aquilo que pensamos ser» não só engloba tudo aquilo que somos na nossa essência, como abrange ainda toda a condição e toda a circunstância da nossa vida. Somos literalmente aquilo que pensamos, sendo o nosso carácter a soma de todos os nossos pensamentos”
Entendo e quero aqui deixar bem expresso que envelhecer é um privilégio, uma arte, um presente. Somar cabelos brancos, arrancar folhas no calendário e fazer aniversário deveria ser sempre um motivo de alegria. De alegria pela vida e pelo que estar aqui representa.  Todas as nossas mudanças físicas são reflexo da vida, algo do que nos podemos sentir muito orgulhosos. Temos que agradecer pela oportunidade de fazer aniversários, pois graças a eles, cada dia podemos compartilhar momentos com aquelas pessoas que mais gostamos, podemos desfrutar dos prazeres da vida, desenhar sorrisos e construir com nossa presença um mundo melhor.  Porque não seguir o conselho de jean-Paul Sartre :Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos
Deveríamos agradecer à vida pela oportunidade de permanecer e de ter a capacidade e a consciência de desfrutar. Que sentido tem nos lamentarmos e nos queixarmos por termos essas possibilidades? Não é verdade que daríamos o que fosse para ter aqueles que perdemos do nosso lado? Por que não colocamos vontade na vida e deixamos de dissimular nosso caminhar? Cada segundo nos faz mais capazes de experimentar e de aproveitar todas as opções que surgem ao nosso redor. Cada ano é uma medalha, uma oportunidade para acumular lembranças, para fazer nossos os instantes, para soprar as velas com força e orgulho. Deseje continuar cumprindo sonhos, segundos, minutos, horas, dias, meses e anos… E, sobretudo, poder celebrá-los com a vida e com as pessoas que o rodeiam.
 Como é possível que nos entristeça ter a oportunidade de fazer um aniversário? Porque temos medo de que, ao envelhecermos, percamos capacidades. Porque pensamos na velhice como um castigo, de maneira pejorativa e humilhante. Do mesmo modo, fazer um aniversário nos faz olhar para trás e nos expõe ao que fizemos durante nossa vida. Como disse José Saramago: “Quantos anos tenho? Isso a quem importa! Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e sinto”. 

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