domingo, março 03, 2019

Se nos dão uma segunda oportunidade de viver, temos de a agarrar com toda a força, pois nem todos tem esse privilégio.


Se nos dão uma segunda oportunidade de viver, temos de a agarrar com toda a força, pois nem todos tem esse privilégio.


Mas tudo isto ainda é uma incógnita, e nem sequer temos uma leve ideia do que realmente aconteceu e porque aconteceu? Como disse  Augusto Cury, "O destino é uma questão de escolha" . E é por isso que temos que ter a capacidade e a percepção de fazer  a escolha certa para não nos arrependermos no futuro, sendo que a questão fundamental é e será sempre,  o de não sabermos qual é de facto a “escolha certa”?  
Temos que admitir que na vida estas coisas acontecem e sempre acontecerão. Nunca ninguém disse que era fácil, e por isso tento sempre aprender com os meus erros e tentar melhorar todos os dias. Para mim e certamente para muitas pessoas desistir nunca será uma opção, embora tenhamos que reconhecer que, por vezes “cair” também nos é permitido, mas levantar-nos é e será sempre a nossa obrigação. Mas aqui não há segredos, só muito trabalho, muita humildade, ter paciência com as nossas fraquezas, viver a vida sem pressas, viver os momentos, participar nas etapas, completar os ciclos, esquecer as fraquezas e aproveitar as oportunidades,  e muita perseverança. É que ainda há muito para viver.  Talvez ele detivesse o segredo da boa vida, nunca se deter, nunca olhar para trás, viver cada dia com impulso, vivacidade, curiosidade e disposição adolescente. Se pensarmos que somos jovens, então talvez o sejamos, não importa o que diga o passar dos anos”. (John Grogan)- in Marley e Eu
Como alguém já me disse, há algum tempo atrás “ que eu talvez” , através destes escritos, “desse a perceber que rejeito a felicidade”, o que de facto hoje eu gostaria era de encontrar as palavras para me explicar e me defender dessa opinião ou desse pensamento que não corresponde aquilo que eu sinto. Depois de tudo o que aconteceu na minha vida, estou num ponto em que sei que algumas coisas se perderam ao longo desse caminho. Eu provavelmente já não vou sentir a alegria completa novamente, como já disse escrevo para mim próprio e se decidi tornar publico “estes escritos” foi na convicção de que porventura “a sua leitura pode também, até certo ponto, apoiar e ajudar outras pessoas que “passaram pelo mesmo” - e parece até que eu “sou o único que está genuinamente bem com isso”. Nós não podemos rejeitar a alegria de viver, nós devemos e temos de estar abertos para o que vier, mas também, devemos encarar a nossa própria realidade. E isso já nos parece muito melhor que negação de cada momento da nossa vida. Que nós possamos sempre reconhecer o valor de cada despertar, que nós não percamos a oportunidade de fazer valer a pena cada novo dia, que nós não deixemos que coisas mesquinhas e sem conteúdo façam a “nossa cabeça”, que nós não desanimemos perante as dificuldades  e possamos apreender  que não podemos esperar até que tudo esteja perfeito, ou até que o que nós criamos seja perfeito, ou até que as nossas palavras “ressoem”, sejam escutadas e entendidas  por todas as pessoas que nos lêem ou convivem connosco. Se nós esperarmos por isso, vamos ficar sempre á espera!
Já alguém disse que “ nós somos feitos de palavras não ditas,  e oportunidades perdidas, somos feitos de risos, choros, fé, esperança e desespero, somos feitos de pequenas atitudes e de pequenas lembranças que cativam o nosso sorriso e o brilho dos nossos olhos, somos feitos apenas de incertezas e dúvidas, ser humano imperfeito incapacitado, por vezes de ter razão, pelo simples medo de assumir o risco de tomar uma decisão – um novo dia, outra oportunidade de viver a vida, porque não tentar nesse novo amanhecer?”.
 E porque o tempo quer queiramos ou não voa e eu já parece que venho do fundo do tempo (o tempo que já andei para aqui chegar), aquele abraço para todos e todas que o queiram receber, em tempo, e é por isso que venho hoje agradecer a todos e a todas  de coração, as mensagens de apoio, que demonstram a grandeza  e solidariedade “deste mar de viver a vida! “, e que me desculpem uma referência muito especial ás minhas filhas, aos meus genros ao meu neto e neta que no fundo são a origem e a maior causa para eu ter de agarrar esta nova oportunidade, um privilégio que me foi dado.
“Não estou certo de ter pensado nada de original na minha vida. Sou um fazedor de sonhos.” (José Luis Borges)

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