UM EQUIVOCO QUE NÃO POSSO DEIXAR PASSAR!
A propósito da “interpelação”
de alguns “comentaristas” que “passam aqui pelo meu local” quero ao iniciar 2017, deixar bem claro que,
sendo verdade que já “estive na vida politica” e também já tive uma “agenda”, mas
deixei de estar e a ela não vou voltar.
Hoje em dia não tenho
qualquer intervenção politica e sobretudo, não tendo “agenda”, nem clara, nem
oculta. Participo nas chamadas redes sociais, facebook, twitter, e de tempos a
tempos com alguns “escritos” num jornal local e num blogue, como forma de contextualizar, emitir opinião
e exercer o meu direito de cidadania, com sentido de responsabilidade e de
respeito pela a opinião de terceiros, com a plena consciência que “quando
não sabemos ouvir os outros, não podemos esperar que nos oiçam”.
Precisamos de
aprender a relativizar as preocupações, angústias, dramas e outros conflitos
menores e não “fazer” das nossas discussões, opiniões e outros pensamentos um
campo de batalha, transportada do “futebol” e que, na maior parte das vezes,
por uma irracionalidade decorrente do enviesamento da realidade determinada
pelo “cor clubista”.
Pior ainda,
defendem-se como se fosse a mais importante coisa da vida e “agridem” os que,
pelo mesmo tipo de razões, exprimem perspectivas contrárias!
Temos plena
consciência que nunca o Mundo teve tanta informação e, paradoxalmente, nunca
houve tantos ignorantes. A internet dá informação, não dá conhecimento, mas a
fúria e a raiva das multidões sem rosto tem oprimido a razão, a irracionalidade
está a destruir a moderação e a sã convivência que deveria presidir ao relacionamento
dos cidadãos e no exercício da cidadania.
“Maus políticos, maus gestores, maus jornalistas, maus comentadores
estão a levar as democracias para o seu “hara-kiri” à vista de todos. Um
editorial, hoje, vale menos que um post, um comentador televisivo tem menos
influência e notoriedade que alguns que escrevem com verdade nas redes sociais.
Mas a culpa é de quem promove a mentira e de quem escreve ou fala uma montanha
de “pós-verdades”. De quem na sua mediocridade tece uma teia de protecção aos
medíocres da sua igualha que, assim, vão sobrevivendo numa sociedade que nada
tem a ver com a do século XX e que clama contra as fraudes e os vendedores de
banha da cobra, que proliferam nas redes
sociais onde tem tido um campo fértil para a instalação e difusão da
pós-verdade que nos faz perder a verdade.”
Faz sentido reflectirmos sobre onde fica a
verdade quando em vez de factos o que temos são” interpretações”, que nestes
tempos de modernidades que correm entre a verdade e a mentira, ou mais
rebuscadamente entre a inverdade e a verdade ou ainda entre a verdade e a
pos-verdade ouvimos frequentemente como um instrumento de argumentação – o insulto!
Mas também é evidente
que há um grande número de pessoas que parecem desinteressadas da verdade como
valor absoluto, preferindo ir pelo caminho das crenças ou convicções e a maior
parte das vezes, a opinião sobrepõe-se à essência dos factos.
Como já certamente é
do conhecimento de alguns foi a revista “The Economist “quem este ano fez
ressurgir e disparar esta expressão pós-verdade ao assentar num editorial que “Donald Trump é o máximo expoente da política
da pós-verdade” ao conseguir fazer valer “confiança em afirmações que são sentidas como verdadeiras mas que não
estão conformes com a realidade”. A mentira tem-se imposto à verdade. E uma
comunidade mentirosa e pouco escrupulosa, onde a opacidade se sobrepõe à
transparência, é o lugar onde grassam o pior das emoções e sentimentos humanos.
É lamentável, é
triste e até desolador sentir a facilidade com que, em especial a partir de
2011 na discussão politica, técnica, futebolística, religiosa etc, se vai
directo ao carácter da cada um, à mingua de argumentos, como algo “normal” em
todos os instrumentos de difusão da informação, em especial nos meios
televisivos tornando-se endémico nas redes sociais, os políticos gritarem ao
máximo, insinuar sem substância, afrontar sem nexo, denegrir como forma de
abuso do poder.
Como nota final de
esclarecimento quero deixar bem claro
que nada tenho contra, nem a favor do cidadão Passos Coelho, mas tenho tudo
contra o politico que foi primeiro ministro deste País, Passos Coelho, não só
porque a nível pessoal me saqueou, fanou, surripiou cerca de 30% dos meus
rendimentos do trabalho de mais de 42 anos de descontos sociais, configurando-se
como uma prática de “abuso do poder” e “abuso de confiança”, como as suas
desastrosas politicas “serão um sério contributo” para a destruição de
Portugal, enquanto País independente, ao “expulsar” mais de 500 mil jovens
portugueses activos, ao empobrecer os portugueses e Portugal e ao provocar as insolvências de muitas actividades
empresariais, práticas politicas que se podem tipificar, salvo melhores
conhecimentos nesta matéria, como “indícios
de atentado ao estado de direito, administração danosa de bens públicos,
omissão negligente” etc.
Por último “Hoje fico-me pelo espanto que diariamente ainda
consigo sentir: Como é que este rapaz chegou a primeiro-ministro? ( Daniel
Oliveira)
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