A AMNÉSIA, O ÓDIO, A INTOLERÂNCIA, A FALTA DE VERGONHA
Há
por aí quem afirme que a não utilização das redes sociais, em especial o
facebook, twitter e outras mais, será o mesmo que não ler jornais ou ver
televisão, no conceito de estar “fora” do Mundo em que vivemos. A justificação
é que estar presente nas redes sociais é essencial para compreender o mundo das
pessoas, a utilização dos produtos ou serviços das empresas etc. Assim sendo,
ao apresentar uma postura passiva ou até mesmo o não ter conta, não será uma
boa ideia.
Não
temos duvidas que o facebook é uma das redes sociais mais utilizadas a nível
global, e por isso há quem defenda que as redes sociais, vieram tornar a vida e
a vivência dos cidadãos mais transparente, nomeadamente no exercício de troca
de opiniões, de ideias e pensamentos, permitindo dizer o que se pensa e
“atingir” um púbico alargado, isto é ter acesso a uma “plateia” que de outro
modo nunca seria possível atingir.
Na
verdade não sei se será bem assim ou que tenhamos ganho alguma coisa com isso,
basta ter em atenção, coisas que são incessantemente repetidas, sem que, muitas
vezes, consigamos realmente perceber qual o seu significado ou o que se
pretende, naquela azáfama de ter opinião sobre tudo, falar sobre tudo, conhecer
tudo, fazendo do que poderia ser uma campo aberto e transparente do exercício
de cidadania, num verdadeiro campo de batalha verbal, expresso na forma escrita
e como prova disso é que, cada vez mais,
há demasiados comentários nas redes sociais carregados de ódio, intolerância,
insultos e extrema violência verbal.
Nesta
era dos “sabem tudo”, relembro sempre uma frase atribuída ao filósofo Sócrates “Só sei que nada sei, e o facto de saber isso, coloca-me em vantagem,
sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa.”
Como
sabemos (não é desculpabilização por essas
atitudes e comportamentos) é mais fácil para o ser humano ter comportamentos mais
impulsivos quando não se encontra na presença do outro, isto porque, dependendo
de caso para caso, uma vez que não vai encarar a reacção e expressão do outro,
sente-se mais livre, à vontade e “protegido” para dizer o que quer e lhe
apetece, muitas vezes de uma forma menos apropriada e aqui as redes sociais são
apropriadas a essas atitudes e comportamentos.
Chegados
aqui chegou o momento de dizer ponto final! Quero ainda acrescer que cada vez
mais temos de ter presente “que a vida na nossa sociedade não
é apenas o império da liberdade individual ou das suas caricaturas. Há também a
moral, a ética, o direito, a lei.”
Nestes
tempos em que quase toda a imprensa, escrita, falada e televisiva, sofre de uma
crise de amnésia aguda, para assim estar “á
altura de alguma classe politica” o que já seria bastante grave, temos no
entanto muitas duvidas que não seja uma falta de vergonha grave, o que seria agudo!
Demagogia, mentiras, desinformação e terrorismo mediático parecem sobejar-lhes
a toda a hora e momento, num grau de impunidade nunca antes atingido.
É por isso, que para uma completa e “saudável limpeza”,
nada melhor que fechar este capítulo. E, assim faremos!
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