O governo da “bravata”
que não passa do faz de conta!
Já todos percebemos que o governo faz de conta
que não se passa nada. Enquanto o primeiro-ministro declara que não governa para
a rua (o que é bem certo, pois governa para a banca e para a troika), o
Presidente da República, que já tantas vezes se esqueceu do seu juramento e dos
seus deveres, desculpa-se invocando os limites da sua acção, (mas
convém, no entanto salientar ainda, a porção de vezes que Cavaco afirmou
solenemente, que havia limites para os
sacrifícios exigidos aos portugueses, chegando mesmo a sugerir que esses
limites já tinham sido ultrapassados – isto no Governo anterior), de modo a
“fugir” a não ter que avaliar os brutais sacrifícios a que os portugueses estão
hoje a ser submetidos, impiedosa e iniquamente, por este Governo neoliberal!
. Enquanto a senhora “troika”, nos
vai “deixando” algumas declarações, do alto da sua sapiência, que é o governo que
falha na comunicação da “sentença de morte aos portugueses”
Na
verdade esta “desgovernação” com uma
perspectiva de curto prazo, pratica a navegação à vista, não sabendo que para
mal dos seus (e dos nossos) pecados, em alturas de tempestade, a navegação à
vista não augura nada de bom. Os tempos não lhes vão, pois, de feição, sendo
muito provável que a santíssima
trindade composta por Passos, Gaspar e Relvas, essa entidade una e indivisível,
não tenha consciência do mal que está a fazer ao País e da catástrofe que está
a semear. O Presidente da República também ainda não percebeu que está a ser
conivente por acções ou omissões da dita trindade, e que os cidadãos entendem
que ele é parte integrante da equipa que está a destruir a classe média, a
condenar gente, sobretudo de meia-idade (que não mais vai conseguir arranjar
emprego) à miséria e a fazer regredir social e economicamente o País muitas
dezenas de anos. Entretanto,
o País vai de mal a pior, e até já parece como normal estarmos perante um
governo que apresentou os piores resultados económicos, desde o já longínquo
ano de 1975 No tocante à população, os mais pobres e os que já foram “remediados”
estão cada vez mais exasperados com os impostos
crescentes e a baixa de rendimentos, com o desemprego, a fome e a miséria a
alastrar, mostram claramente que não querem esta política e este governo. Quanto
aos que se “julgavam ricos” começam a sentir cada vez mais dificuldades em suster as vagas
alterosas duma “luta popular” que tenderá a alastrar e a crescer.
Ora aqueles que os poderiam aguentar estão em
polvorosa. “Estamos solidários com os
anseios de uma vida melhor”, dizem os soldados. “Somos filhos deste povo e não nos podemos dissociar dele”, garantem
os sargentos. “Questionamos o rumo do país de que fazemos parte”, afirmam os
oficiais. E todos eles garantem que não servirão de “instrumento de repressão”
sobre o povo. Como resultado já a previsível degradação da situação
económica e social, a correlação de forças terá tendência para se alterar
aceleradamente em favor do já enorme campo que se opõe à troika e ao desgoverno
de passos, relvas, gaspar. “Não sairemos”, garantem os governantes. Claro que
sairão. A única dúvida está em saber se sairão a bem ou a mal. Se persistirem
em manter-se, o correr do tempo avolumará o descontentamento, o ódio, o
desespero. Depois, bastará uma pequena faúlha para atear um fogo de enormes
proporções, com uma violência imprevisível nas suas consequências. Não é preciso ser mago para
adivinhar o que vai acontecer. Como já se escreveu: “Está escrito nas estrelas”. “E quando as pessoas perdem a esperança e a confiança na democracia, tudo é
possível acontecer. Os resultados das eleições em Itália já deram um sinal
significativo. Ao contrário do que o senhor Presidente da República escreveu no
prefácio aos seus discursos do ano passado, neste momento, a demissão do
governo e a convocação de eleições significavam uma renovação da minguada
confiança dos portugueses no “regime” e produziria menos custos económicos e
financeiros do que a demissão do último governo promovida silenciosamente por
Belém.”( Tomás Vasques, Transparência,
precisa-se)
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