ESTAMOS A SER BURLADOS POR “BURLÕES ENCARTADOS!
Não sei se deva ficar espantado ou admirado com a “leitura” das diversas opiniões, há que diga “manipulação”, sobre o dito “sucesso do regresso aos mercados”. É que na verdade tenho a sensação de estar a ser “burlado por ladrões encartados”
Sucesso porquê? Sucesso para quem?
1. Será que este “chamado regresso aos mercados”, não foi tão só a substituição de títulos do tesouro que em 2008, garantiram a obtenção de capital que foi necessário para os investimentos, se foram ou não bons investimentos não estou a discutir tal, com juros de cerca de 2% e com um prazo de 5 anos, e que ontem esse valor foi deferido para mais 5 anos, mas com juros que ultrapassam os 5%, (taxa efectiva a suportar pelo Estado)?
a) O valor da divida mantêm-se, os juros aumentam, e difere-se o pagamento para daqui a 5 anos;
b) Diferir o pagamento destes títulos para mais 5 anos, mais que duplicando os juros, será de facto um bom negócio?
c) Claro que tinham que ser os fundos americanos e ingleses a ficar com eles, pois são quem adquiriu os títulos em 2005, ou seja fizeram apenas uma troca de títulos não investiram sequer um cêntimo, mas vão receber , como agiotas que são milhões de euros em juros. Como é que este “negocio” pode ser considerado um sucesso?
2. De facto interessava e de que maneira, saber quem "compra" a dívida. Pois, se de facto foram os ditos fundos, trata-se de uma pescadinha de rabo na boca entre o governo e a banca portuguesa, onde invariavelmente o Estado e os portugueses ficam a perder (paga mais juros à banca do que esta lhe paga pelo dinheiro que nela injectou, ficando com a mesma divida);
3. Há que ser claro com rigor e verdade, este “pretenso regresso aos mercados” não vai resolver o problema da economia , do desemprego , para isso é preciso investimento , criar riqueza e para isso a banca comercial não está interessada , onde ela está interessada é nos lucros fáceis como o assalto às funções sociais do estado a que o FMI deu recente cobertura a este governo. Qual a razão porque o governo não recorreu ao FMI cujos juros, salvo melhor conhecimento rondam os 3,7%? Porque é que o governo não recorreu ao BCE cujos juros são de 1%.
De acordo com a imprensa “A dívida pública portuguesa aumentou de 117,4% para 120,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo para o terceiro trimestre de 2012”. Será que esta situação não é altamente perigosa? Ou seja quando um País ultrapassa os 120%, não quer dizer que entrou “ em bancarrota”?
Afinal, tanto mal disseram do Sócrates quando ele afirmou que as “dividas não são para pagar mas sim para serem geridas” e agora lançam foguetes por entrarmos novamente na espiral infinita de emissão de divida., que se sabe não ter capacidade para pagar e que a mesma aumenta todos os meses.
Apetece-me afirmar e gritar bem alto que ESTAMOS A SER BURLADOS POR “BURLÕES ENCARTADOS e há quem apoie ainda, tais estratégias de empobrecimento de Portugal e dos portugueses Quando é que esta gente é corrida a pontapé?
WE ARE ABLE TO DO OUR BEST! “É das coisas, que os sonhos são feitos.” It is about things, that dreams are made." (William Shakespeare
quinta-feira, janeiro 24, 2013
segunda-feira, janeiro 21, 2013
A EXTINÇÃO DA ADSE? COMO? OU SERÁ MAIS UM CASO DE “PURA IGNORÂNCIA, INCOMPETÊNCIA OU MÁ FÉ?
A EXTINÇÃO DA ADSE?
COMO? OU SERÁ MAIS UM CASO DE “PURA IGNORÂNCIA, INCOMPETÊNCIA OU MÁ FÉ?
“a eficiência consiste em fazer certo as coisas e a eficácia em fazer as coisas certas” Peter Drucker
Segundo lemos na
imprensa “O fim da ADSE é uma das exigências do memorando de entendimento
assinado com a troika, que impõe a extinção progressiva de todos os subsistemas
de saúde até 2016, para conter a despesa, e deverá ser um dos pontos que irão
constar no plano de reforma do Governo para cortar quatro mil milhões de euros
na despesa estrutural do Estado”, situação reafirmada no “denominado
RELATÓRIO DO FMI - que não é um relatório técnico - pois
está pejado de erros factuais, que não é do FMI, mas uma mera transposição das
intenções políticas é antes claramente uma fraude. Uma fraude que procura impor uma decisão politica inaceitável e de
prejuízos incalculáveis para as populações.
MAS FUNDAMENTAMOS:
Como todos sabemos a ADSE - Assistência na Doença aos Servidores Civis
do Estado um Serviço Integrado do
Ministério das Finanças e da Administração Pública, dotado de autonomia
administrativa que tem a responsabilidade de gerir o sistema de proteção
social aos trabalhadores do sector público administrativo:
Em Dezembro de 2011, a ADSE totalizava
1 345 390 beneficiários:
- 897 933
titulares
- 378 949 filhos de titulares
- 63 938
cônjuges
- 8 570 outros
Sendo distribuído
por :
- Titulares no activo 568 833
- Titulares aposentados 329 100
- Trata-se de uma sistema inteiramente financiado
por 1,5% dos salários dos trabalhadores, incluindo o subsidio de ferias e
de natal, continuando os pensionista a descontar este valor sobre a sua
pensão e de 2,5% por parte da entidade empregadora;
- Esta solução de financiamento, de receitas
próprias, permite dar satisfação completa às necessidades da ADSE, sem
qualquer contrapartida do Orçamento de Estado e por isso nas DESPESAS
PÚBLICAS! Como pode ser considerado “a sua extinção” como “necessidade de
contenção de despesas?.
- Desta forma a ADSE proporciona ao Estado uma
partilha de financiamento de uma importante despesa na área da saúde,
enquanto aos beneficiários é facultado um regime de benefícios que deveria
ser prosseguido por outras entidades nacionais, já que é uma boa pratica
el alguns países estrangeiros – trata-se de um verdadeiro seguro de saúde.
- Estamos perante uma solução eficiente, mas também
eficaz para o Estado adequada aos actuais condicionalismo da conjuntura
económica e financeira no nosso País. Anote-se ainda, que as receitas da
ADSE não podem ser utilizadas para o financiamento do SERVIÇO NACIONAL DE
SAÚDE, ou qualquer outra intervenção que possa ser tipificada neste
domínio.
- Este sistema sustenta-se no financiamento dos
próprios beneficiários, não só pelo desconto nos salários e pensões, mas
também:
a)
No copagamento do
preço do cuidado ou acto previsto na tabela do regime convencionado ( 20%);
b)
No financiamento
parcial das despesas com actos e serviços previstos na tabela de regime livre.
A partir de 2011 a
ADSE deixou financiar o SNS, e em contrapartida não é financiada pelo orçamento
geral dos estado, mas sim suportado pelos beneficiários. Assim, em 2011 teve RECEITAS de cerca de 525 milhões de euros ( cerca de 221
milhões dos beneficiários e 236 milhões das entidades empregadoras e a parte
restante de reembolsos e outras receitas próprias) e DESPESAS COM SAÚDE
de 550 milhões ( 318 milhões de regimes convencionados, 141 milhões
regimes livres e 92 milhões de medicamentos), sendo as despesas de
administração cerca de 9 milhões de euros – como se concluir para além da não
cobertura da totalidade das despesas, haverá que encontrar uma solução de garantir a sustentabilidade do sistema e corrigir o seu desequilíbrio
financeiro, dado o aumento acentuado do
custo que é financiador da actividade privada em saúde , como também podemos considerar,
como factor de desequilíbrio financeiro, o aumento do número de aposentados
entretanto verificado. É assim nesse sentido que
deveria ser reposto a retenção de 0,5%
nos pagamentos relativos a todas as empreitadas na área pública quer central quer local e regional.
Perante a real situação cabe-me perguntar. Afinal o que é que a ADSE tem a ver com a chamada “refundação do estado
social?
Trata-se de uma espécie de “seguro de saúde”, para o
qual o empregado e o empregador descontam mensalmente, para além dos
respectivos pensionistas.
Não nos parece ser
preciso um grande esforço intelectual para entender que este sistema tem muitas
vantagens significativas relativamente ao SNS.
1)
Permite ao utente a liberdade de escolha do
fornecedor dos serviços médicos, incluindo o médico que deseja utilizar;
2)
Através dos copagamentos responsabiliza o
utente pelas escolhas que fizer;
3)
Cria um claro “mercado de serviços médicos”,
introduzindo a concorrência entre serviços estatais e privados;
4)
Pode criar uma
pressão para a baixa de custos, tendo em vista a prática de preços mais
atrativos para os utentes/clientes
5)
Permite uma garantia social do estado, sem que
para isso o Estado tenha de construir ou financiar e sustentar serviços
estatais de saúde
Podemos assim
concluir que a ADSE é um sistema mais racional e menos despesistas do que o SNS, e do ponto de vista do
principio constitucional de garantia de acesso universalaos serviços de saúde.
Será que em lugar de se “pensar na sua extinção”, nãos
e deveria ponderar a possibilidade de estender os princípios da ADSE – escolha
pelo utente e concorrência entre fornecedores – a todo o sistema nacional de
saúde?
Cabe aqui anotar, o
que tem sido omitido, que os beneficiários da ADSE, para além de descontarem
11% para a CGA, descontam mais 1,5% para a ADSE, valor este que não é exigido
aos trabalhadores do privado, que descontam apenas 11%, que a ser assim
permitira certamente alguns milhões de euros para o SNS e o respeito pela CRP
(principio da igualdade).Outra das questões é que no caso da sua extinção,
certamente não podia ser continuado a exigir os descontos de 1,5%, ou seja
cerca de 600 milhões de euros que, de facto, deste modo iriam subcarregar a
DESPESA DO ESTADO, logo a ser suportado por mais impostos e o notório
enfraquecimento dos serviços de saúde e da economia (privados) nesta área.
Finalmente os políticos tem que repensar,
antes de se exporem com medidas como esta de extinção da ADSE, que conduzem o
precisamente ao contrário aos objectivos pretendidos , mas são claramente atentatórias e um contributo
claro para a destruição da economia.
Afirma-se no dito “relatório do FMI “Controlar
os custos de saúde de cuidados, sem restringir o acesso ou afetar a equidade,
só pode ser alcançado com cuidados de saúde mais eficientes.” Trata-se naturalmente
de uma confusão!!! entre eficiência e eficácia, pois não temos qualquer dúvida
que a prestação de serviços de saúde em Portugal são de acordo com os parâmetros
legais de uma elevada eficiência, o que temos necessariamente é que aumentar gradualmente
o seu grau de eficácia, isto é parafraseando Peter Drucker, “a eficiência consiste em fazer
certo as coisas e a eficácia em fazer as
coisas certas” ou de outro modo EFICIÊNCIA é: fazer certo; é o meio
para se atingir um resultado; é a atividade, ou, aquilo que se faz e EFICÁCIA é: a coisa certa; é o resultado; o objetivo.
sexta-feira, janeiro 18, 2013
Como é do conhecimento geral está previsto para
Outubro de 2013 a realização das eleições para as Autarquias Locais (Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesias), que
deverão marcar o início de um novo ciclo na gestão e organização destas
estruturas municipais, reconhecido o esgotamento do sistema que tem vigorado
desde 1976, que em geral tem assentado numa politica de satisfação das
necessidades básicas das populações (água, luz, estradas, saneamento básico
etc).
Podemos assim constatar que nos últimos anos, após se
considerar satisfeitas, no geral, essas necessidades, se verificou uma
“paralisação” ou de outro modo, a não evolução no desenvolvimento sustentável nos
municípios, imputável na generalidade, à ausência de uma gestão virada para o
futuro, mas também, em sua grande parte devido à “captura organizada”,
por grupos de interesses particulares, tendo por base uma “gestão organizada
do tráfico de influências” com base, em especial nos “denominados
“grupos ex-jotas”, que ao longo dos anos, tem vivido na “sombra” dos
actuais presidentes de câmara, que agora se vêm impedidos de concorrer nestas
eleições, por via administrativa, e com plena violação dos direitos de
cidadania, gerando um “clima de aproveitamento oportunistico pelo sistema
gerado pelos “politiqueiros” especializados em gestão de interesses e de
tráfico de influências”, eliminando e afastando quadros de valor e
capacidade reconhecida, conduzindo deste modo ao aparecimento de “candidaturas
por unanimidade e aclamação”, bem à semelhança dos regimes ditatoriais,
beneficiando de “cumplicidades internas partidárias” e do desinteresse
dos cidadãos na participação activa e exercício pleno de cidadania.
Há até quem defenda ser urgente “retirar a
“partidarite” das Autarquias de modo a quebrar a espinha onde se desenvolvem a
corrupção, os compadrios, os jotinhas, as mordomias, as cunhas e negociatas”([1]) ou no dizer de um grande nome
do jornalismo português, no artigo escrito e publicado em 2008 ([2]) “A geração J ganhou
experiência de vida na catequese, ou nas discotecas, é impulsiva e
irreflectida, capaz de erros graves, antes de acertar. Falta já pouco para a
conhecermos melhor e a vermos em todo o seu esplendor. Ficaremos então cientes
do seu valor”.
Como dizia Agostinho da Silva([3]) “ Portugal para renascer,
tinha que ser a partir dos Municípios”, mas para isso é preciso que haja muito
mais e melhor cidadania local. Este é o grande desafio para a actual “geração
J”, o de levar a que os cidadãos, mesmo não enquadrados partidariamente, nem
particularmente interessados em politica, possam intervir, na “necessária e
urgente regeneração partidária” de forma a melhorar a democracia local, na
exigência um maior rigor e transparência na gestão dos interesses municipais.
Temos a noção que “esgotado o modelo das rotundas”, a
estratégia para as Autarquias em 2013 deverá assentar na procura de meios e
recursos para assegurar a saída da crise e preparar o quadro de intervenção dos
municípios, sendo essencial para compreender e debater as exigências, as metas
e as necessidades dos seus habitantes, bem como encontrar as soluções e novos
desafios para o futuro do municipalismo.
Almeirim, Janeiro de 2013
quinta-feira, janeiro 17, 2013
Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável
A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A
União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de
produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na
indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil
porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha)
queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque
ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam,
para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.E portanto,
esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram
viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas
possibilidades é uma mentira inaceitável. Nós
orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da
União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que
foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um
comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política
induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer? podemos
todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que
esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do
conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União
Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser
simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar! A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise,
porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta
mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à
austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo
exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a
austeridade é inevitável.Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas
últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme
manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local
enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis,
fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe
juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A
Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias
urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a
compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na
Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A
que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias
público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o
erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que,
com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis
conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.Enquanto
isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não
acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos
pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos
privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas,
rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo
de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.Não é, assim,
culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve
a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta
sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao
assalto fiscal que se anuncia."
segunda-feira, janeiro 07, 2013
UM GOVERNO INCOMPETENTE E DESNORTEADO!
UM GOVERNO
INCOMPETENTE E DESNORTEADO!
Se este Governo nunca decretou o ESTADO
DE EMERGÊNCIA”, mas tem como referência e afirmado que estamos numa situação de
um “estado de necessidade financeira” (figura
que não consta da Constituição da República Portuguesa, que como afirmou o
senhor presidente da República não se encontra suspensa) e se por outro lado,
na realidade num “estado de
emergência” as leis são restritivas: o
Orçamento é uma lei restritiva. Sendo que, estas leis, de acordo com o artigo
18º da Constituição, são gerais e abstractas (Os
preceitos constitucionais respeitantes aos direitos, liberdades e garantias são
directamente aplicáveis e vinculam as entidades públicas e privadas). Ora o Governo, ao “escolher um grupo social” para exercer o seu
“massacre” e saque, não está a agir conforme a Constituição antes pelo
contrário persiste numa clara violação da nossa Lei Fundamental num estado de
Direito (Estado de Direito democrático exige
direitos fundamentais e vice-versa), dado que uma lei geral e
abstracta aplica-se a todos do mesmo modo. Por outro lado, este aumento brutal de impostos vem tributar os reformados e
pensionistas sobre os rendimentos do trabalho com a sobretaxa de 3,5% e estes
já não se encontram em efectividade de funções.
O
Tribunal Constitucional tem repetidamente afirmado que o Estado de Direito
consagrado no art.º 2° da CRP envolve "uma ideia de protecção da confiança dos
cidadãos e da comunidade na ordem jurídica e na actuação do Estado, o que
implica um mínimo de certeza e de segurança no direito das pessoas e nas
expectativas que a elas são juridicamente criadas", razão pela qual "a normação que, por sua
natureza, obvie de forma intolerável, arbitrária ou demasiado opressiva àqueles
mínimos de certeza e segurança que as pessoas, a comunidade e o direito têm de
respeitar, como dimensões essenciais do Estado de direito democrático, terá de
ser entendida como não consentida pela lei básica". – Acórdão
n.º 556/03, de 12-11-2003.
ALGUÉM
PODE EXPLICAR QUAL A RAZÃO QUE LEVA A QUE ESTE GOVERNO PERSIGA FEROZMENTE OS
REFORMADOS E PENSIONISTAS?