quarta-feira, novembro 14, 2012

PORQUE É QUE A VERDADE É INCONVENIENTE?



PORQUE É QUE A VERDADE É INCONVENIENTE?

Porque é que a verdade é sempre inconveniente? Porquê e para quem? É de facto, por a nossa vida colectiva estar rodeadas de inverdades, de omissões e de mentiras, que esta agonia diária que nos conduzirá inevitavelmente à destruição como povo e como Nação se apoderou deste canto, com uma História milenar, e que levou ao adormecimento ou entorpecimento dos sentidos e da acção duma população, que por cada dia que passa se sente o seu atroz empobrecimento no seu modo e qualidade de vida.
Que se passa? Sendo claro que já não acreditamos nos políticos e que todos desejamos que eles se metam cada vez menos na nossa vida colectiva, mas continuamos a suportar as suas mordomias, as suas interferências de quem não está em condições de saber ou conhecer o que é melhor para os portugueses e Portugal?
Nas já costumeiras trapalhadas diz-nos agora o governo que precisa de eliminar 4 mil milhões de euros nas despesas do Estado, dando a entender que é uma situação tão difícil que se tornou necessário pagar principescamente a uns estrangeiros e a “estrangeirados” para tal decidirem, de modo a “esconderem” a sua incompetência, incapacidade e impreparação para assumiram a responsabilidade da governação do País. Onde está a legitimidade decorrente do acto eleitoral, único processo que em democracia garante essa legitimidade?
Sempre entendemos que ao contrário das afirmações dos políticos, que cortar nas despesas do Estado não é nem nunca foi uma tarefa difícil, desde que se tenha o saber, o conhecimento e a capacidade de propor essa estratégia que sirva os interesses públicos, em vez de recorrer ao simplismo de “cortar, de esbulhar de assaltar etc… “os salários e os rendimentos dos funcionários públicos, dos pensionistas e reformados, complementados agora com um confisco, massacre, crime fiscal, monstro fiscal etc com a “chamada inovação” de reestruturação dos escalões do IRS, atingindo apenas e só quem vive do seu trabalho.
Como todos já compreendemos, para além da mentira que deveria envergonhar qualquer politico, juntamos o descaramento de amedrontamento de que foi necessário “pedir ajuda internacional por falta de dinheiro para pagar salários e pensões” quando todos temos o dever de conhecer, infelizmente a nossa imprensa é o que é!!!, que só o IRS e o IRC sempre foram mais do que suficientes para suportar estes encargos, e quando o verdadeiro problema foi de facto a má gestão e administração danosa do sistema bancário, que se tem entretido ao longo dos anos ao “jogo na bolsa” e à completa “extorsão dos cidadãos e empresas com a prática de elevados juros”, que viu cortado o financiamento internacional, veja caso BPN, mais de 6 mil milhões de euros e agora o financiamento de mais de 12 mil milhões de euros a outros bancos. Se a “troika” já meteu mais de 60 mil milhões de euros, recebendo em juros mais de 9 mil milhões de euros, por ano, se este financiamento não foi para as empresas, então para onde é que o mesmo foi desviado? Será que os cidadãos não tem o direito de saber como foram distribuídas estas verbas? Quem recebeu e para quê? E já agora porque não a listagem das dividas? Isto é quem deve a quem?
Finalmente se pretendem “cortar nas despesas e mordomias” porque é  que ninguém até hoje o fez e demonstra pouca ou nenhuma vontade séria e rigorosa de o fazer? Será porque os partidos políticos, todos sem excepção, que constituem a grande massa dos interesses instalados, dos seus considerados “quadros políticos”, dos seus assessores de coisa nenhuma, dos seus “pretensos e promovidos à categoria de autarcas”, dos seus “boys” não deixa nem nunca deixará?
Exemplificamos, nomeadamente:
  1.  Qual a razão que leva a que as autarquias se apropriem de mais de 400 milhões de euros do IRS, o que representa um aumento de 5% do IRS de todos os cidadãos, cerca de 2 milhões de portugueses que tem este encargo?
  2. Porque é que apenas e só sete empresas publicas do sector empresarial do estado, que geram anualmente mais de 1,4 mil milhões de euros de prejuízo e já atingem um endividamento de mais de 20 mil milhões de euros, ainda não lhe foram aplicadas quaisquer tipo de medidas saneadoras desta situação, nomeadamente o elevado numero de directores, assessores adjuntos de direcção, prestação de serviços etc, que anualmente acarretam milhões de euros de encargos sem que tais serviços prestados correspondam a necessidades de gestão, mais sim como correspondente, no geral a “um custo da democracia utilizado por políticos desempregados”?
  3. Sabendo-se que hoje, muitas das camaras municipais, talvez mais de um terço, talvez mais de  100, apenas e só são “o poiso” da “nova geração politica criada nas juventudes partidárias”, que as suas funções de satisfação das necessidades das populações , água, saneamento básico, reorganização do território etc, são exercidas por empresas municipais, ou intermunicipais ou ainda comunidades urbanos onde mais uma vez, a sua “criação” serviu , na sua generalidade para “centro de colocação”, mais “boys” filhos e enteados, num verdadeiro jogo de trafico de influências, como suporte de “poder dos chamados políticos locais”, não são objecto de uma redução do espaço politico eleitoral, não confundir com a extinção dos concelhos, de modo a que de facto seja efectuado uma reforma séria do Estado e dos governos regionais que trás como consequência, uma redução de gastos de despesa pública de milhões de euros?
  4. Porque é que os que “exercem cargos políticos” continuam a beneficiar de mordomias inapropriadas a quem exercem tais cargos de serviços públicos, como automóveis, cartões de crédito, ajudas de custo, despesas de representação, telefones, combustivel etc.?

Aqui ficam algumas ideias e números que mostram que há outras verdades, outras alternativas a um governo que, “facilmente quebrou uma acordo no memorando de entendimento com os portugueses”, numa mentira “colossal” e decidiu espoliar, extorquir os cidadãos em que muitos mesmo que queiram satisfazer os seus compromissos de cidadania – pagar os impostos – não terão dinheiro para o fazer, tornando-se num País sem esperança nem futuro.

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