“Ele respondeu: Se é pecador ou não, isso não sei ; o que sei dizer é que eu era cego, e agora vejo” (João 9:25)
Na reunião da Câmara Municipal de Almeirim, o vereador Dr. Franscisco Mauricio, produziu uma declaração, no âmbito do seu voto contra os resultados da actividade da Câmara, no ano de 2011, que revela claramente os princípios éticos e morais dos políticos da nossa praça. “
“Num ano em que a todos foi pedido sacrifícios que ultrapassam os limites do razoável, em que a Câmara aumentou brutalmente os impostos e os preços da água e do saneamento, num autêntico saque ao bolso dos cidadãos do nosso Concelho, o senhor presidente da Câmara auferiu um aumento do seu “ordenado” pago pela Câmara em mais de 161,66%, isto é passou de, em termos líquidos de 8 940,12 euros em 2010, para 23 392,65 euros em 2011! Quanto é que de facto isto custou à Câmara? Por isso perguntamos onde pára a “ética na política”, os princípios, os valores e as convicções na defesa do interesse público?",
Em resposta no jornal “ O Almeirinense” Sousa Gomes, presidente da autarquia, esclarece na Sessão Pública que, mandou"apurar o que receberia pela minha reforma e pelo que recebo na Câmara e cheguei à conclusão que tenho mais vantagem em receber a reforma do que a o vencimento pela Câmara. Pela reforma eu não tenho descontos para a Caixa Nacional de Aposentações e isso representa que eu não faço um desconto de 500 euros, portanto, recebendo pela reforma tenho mais vantagem pessoal. Logo, optei agora por fazer a transferência para a Caixa Nacional de Aposentações. Agradeço isso ao vereador Francisco Maurício porque o facto de ter levantado a questão levou-me a despertar a atenção para a minha situação remuneratória", conclui.
MAS QUANTO CUSTA AO ERÁRIO MUNICIPAL, EM SALÁRIOS, OS POLÍTICOS REFERIDOS?
Para que não haja qualquer dúvida, atinge mais de 1,6 milhões de euros os custos, só em salários, (não está aqui contabilizado os gastos em telemóveis, carros, combustível, computadores etc) da “equipa politica de Sousa Gomes,” durante um mandato de 4 anos e se, só agora, este “prescindiu” e optou pela sua aposentação, já que há alguns anos se encontra
nessa situação e faltado cerca de 16 meses para o fim do seu mandato, isso quer dizer que irá “poupar”, se de facto optar, como era seu dever pelo sua reforma, à Câmara de Almeirim, apenas só cerca de 67 mil euros, quando poderia e devia ter poupado mais de 237 mil eurosSe o senhor presidente a câmara quisesse de facto não “castigar” com tão elevados impostos municipais e os aumento brutais do preço da água, teria reduzido os custos de funcionamento “políticos”, completamente dispensáveis, não só os seus mas também do excesso de vereadores a tempo inteiro, de adjuntos e secretárias, ou seja podia ter reduzido os custos em mais se 600 mil euros durante este mandato e investido esta verba em apoio à compra de medicamentos para os mais necessitados, no pagamento de propinas aos jovens do nosso Concelho que “desistiram” de prosseguir os seus estudos etc. Mas para isso, seria necessário ter humildade de reconhecer as necessidades e de superar as suas limitações e a força, e ter ideias para investir o tempo e esforço a saber fazer alguma coisa boa ao serviço das populações.
Qualquer cidadão pode concluir que estamos perante o despesismo desenfreado dos políticos locais, que não respeitam a difícil situação económica e social das pessoas, num Concelho onde as necessidades são muitas, há fome, desemprego, degradação do apoio social e na saúde, em especial das crianças e dos idosos e onde os jovens não tem qualquer perspectiva para o seu futuro. Como é que chegámos a esta situação num Município que há anos atrás, era um dos com melhor nível de vida, em Portugal?
A verdade é que, a omissão dos dados verdadeiros, pode ter o efeito de baralhar palavras e juízos, terá sido essa a intenção?, mas nunca terá o poder de alterar a realidade, porque os factos, por muita arte de manipulação que exista, são matéria objectiva, contra os quais se esboroam todas as fantasias. Por isso tivemos que repor aqui a VERDADE!
Finalmente não sei por que se incomoda ainda o senhor Sousa Gomes a tentar explicar a história das suas remunerações. Por mais que se incomode a reagir de cada vez que os factos são relembrados, não há nada mais que possa esclarecer.
Nós já percebemos tudo. Pode crer que percebemos……………
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