sexta-feira, julho 11, 2008

Não há fome que não dê em farturas

O segredo é a alma do negócio! A minha receita das farturas não está muito correcta, mas a vida é assim. Se a tigela é boa....... e estas foram das melhores farturas que comi!

Ensinaram-me que os problemas têm sempre uma solução ou se não têm percebe-se porquê, por mais complexos que sejam. Aprendi com a vida que às vezes existe mais que uma solução e o verdadeiro problema acaba por ser a escolha dessa solução… Mas nunca ninguém me tinha dito que, apesar de existir uma solução, não interessa ou não é relevante alcançá-la. É como se a resolução do problema constituísse em si mesmo um fim – o resultado nunca aparece, esgueira-se subrepticiamente por entre as inúmeras fórmulas, parece um fantasma à nossa frente como a cenoura à frente do burro. Caminha-se mas não se alcança, pensa-se mas não se age.
Chegámos a um ponto em que o estar já não cabe dentro do ser. Este incómodo acabará um dia por desabar sobre todos nós. É que não há fingimento que perdure para além do disfarce nem lei que resista à sua própria iniquidade.
Há ainda quem não entenda, nem nunca vão entender, que a ética é mais exigente que a própria lei, sobretudo quando se trata de actos políticos. Não faz sentido esperar que a lei determine se um determinado acto é legal ou ilegal - a sua eventual legalidade não legitima o acto do ponto de vista ético. Há muitos exemplos em política e quase sempre as vítimas de processos reclamam inocência após decisão judicial, esquecendo-se que o que está em causa são comportamentos eticamente condenáveis e não apenas ou só a prática de actos ilegais. Convém não menosprezar estes ‘sinais’… A arrogância e a prepotência são típicas de quem não tolera a independência dos outros, dos incompetentes e incapazes de encontrar qualquer solução embora sejam também um eficaz meio de atingir objectivos - felizmente em democracia têm um período de vida útil muito curto!

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