Enfrentar interesses, designados de “instalados”, para reforçar o imperativo, tem sido o mote para muitas das medidas de política e das acções deste governo. A modernização e o progresso conjugam-se nesta procura por derrubar interesses instalados e quem a eles se opuser só pode ser um resistente à mudança.
Que não se duvide da necessidade de lutar contra “interesses instalados”. Entendamo-nos. A democracia e o progresso, reclamam-no. Mas serão “interesses instalados” (acusação implícita ou mesmo explícita no discurso político) os das populações que veem os seus problemas escamoteados, são sistematicamente abandonadas e esquecidos, sob o signo de concepções e práticas desconforme com a exigência de prestação de um serviço público eficiente e eficaz ? De que vale ao Governo anunciar o seu programa SIMPLEX?
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